Você já deve ter se deparado com cabos de alumínio ou cabos cobreados custando bem menos que os tradicionais cabos de cobre. E aí bate aquela dúvida: será que vale a pena economizar aqui?
Se você trabalha com instalações industriais, é eletricista, técnico ou responsável pela manutenção elétrica da sua empresa, a resposta precisa ser mais do que um simples “sim ou não”. É uma decisão que pode afetar diretamente a segurança, a performance e até o consumo de energia dos seus sistemas.
1. A verdade por trás do “preço baixo” dos cabos de alumínio e cobreados
À primeira vista, os cabos de alumínio ou cobreados (aqueles que têm apenas uma camada fina de cobre por fora e alumínio por dentro) parecem uma boa ideia para quem busca reduzir custos.
Mas o que você precisa saber é que o alumínio tem uma condutividade menor que o cobre — cerca de 60% da capacidade. Isso significa que, para transportar a mesma corrente elétrica, você vai precisar de cabos mais grossos, mais pesados e menos flexíveis.
Além disso, o alumínio é mais suscetível à oxidação e à dilatação térmica, o que aumenta o risco de aquecimento excessivo, mau contato e falhas ao longo do tempo.
Antes de escolher pelo preço, avalie o custo da manutenção, do retrabalho e da segurança da sua instalação. Vale realmente a economia?
2. Problemas invisíveis: o que você não vê pode sair caro
Cabos cobreados e de alumínio costumam trazer prejuízos que demoram para aparecer, mas quando chegam, atingem o bolso, a produtividade e a segurança. Entre os principais riscos:
- Oxidação rápida nos contatos, principalmente em ambientes úmidos ou industriais
- Frouxamento dos terminais com o tempo, exigindo reapertos periódicos
- Perdas por aquecimento, aumentando a conta de energia
- Incompatibilidade com conectores ou dispositivos, exigindo adaptações
Além disso, se você utiliza inversores, motores ou máquinas que exigem corrente constante, o desempenho pode cair drasticamente com o uso de cabos de alumínio.
Seu projeto é para durar? Então comece pela base: cabos de cobre puro são mais eficientes, seguros e duráveis.
3. E a instalação? Será que o cabo aguenta o tranco?
Instalar cabos de alumínio exige terminações especiais, ferramentas diferentes e cuidados extras com a isolação. Se você ignorar essas exigências, o resultado é uma instalação insegura e fora das normas.
Já os cabos cobreados são ainda mais traiçoeiros: visualmente parecem com o cobre puro, mas entregam bem menos do que prometem.
Você pode notar sinais como:
- Disjuntores desarmando sem motivo
- Cabos esquentando demais
- Queda de tensão frequente
- Equipamentos apresentando falhas sem explicação
Não se arrisque por falta de informação. Ao comprar cabos, verifique a especificação técnica, a procedência e se o fabricante entrega a condutividade prometida.
4. O que dizem as normas?
A NBR 5410, que regula instalações elétricas de baixa tensão, não proíbe o uso de cabos de alumínio, mas exige cuidados específicos para garantir a segurança e o desempenho.
Isso significa que, se você for usar alumínio, precisa:
- Redimensionar os cabos corretamente
- Usar conectores apropriados (e certificados)
- Redobrar os testes de continuidade e aperto
Ou seja: é possível, mas será que compensa?
Se o seu objetivo é eficiência, segurança e menor risco de manutenção, a melhor escolha ainda é o cobre puro.
Conclusão: o barato pode sair muito caro
Você pode até pensar que está economizando com cabos cobreados ou de alumínio. Mas quando somar os gastos com:
- Reapertos constantes
- Paradas de produção
- Troca prematura de cabos
- Aumento no consumo de energia
Vai perceber que o investimento mais inteligente continua sendo o cabo 100% cobre, de boa procedência e com certificação.
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Este artigo foi escrito por Eng. Guilherme Siqueira – engenheiro eletricista especializado em automações e eficiência energética. Atende Franca-SP e região, com foco em soluções tecnológicas que tornam sua casa mais confortável, inteligente e econômica.